quinta-feira, 29 de setembro de 2011

ARTE DESTILADA

Quem aprecia vinhos, cervejas e cocktails pode com eles decorar (de um modo diferente) a sua sala de estar. Há anos trabalhando com a lente do microscópio, o cientista Michael Davidson teve uma ideia para angariar fundos para o laboratório da Florida State University: comercializar fotografias de moléculas de ADN, de bioquímicos e de vitaminas. Assim surgiu a Molecular ExpressionsTM Cocktail Collection que reúne um conjunto de fotografias de moléculas de várias bebidas alcoólicas. As imagens psicadélicas hoje fazem sucesso no mundo da arte e são vendidas no BevShots sob o tema "arte destilada".



CHAMPAGNE

DRY MARTINI

GIN

PINA COLADA

VINHO TINTO

SAKÊ

VODKA

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

LET´S TALK iPHONE



Depois de tanta espera, finalmente a confirmação oficial: a Apple começou a distribuir os convites para a imprensa americana, para um evento no dia 4 de Outubro, próxima terça, no “Apple Campus” em Cupertino - Califórnia

A imagem do convite não poderia ser mais clara: dia 4, às 10h da manhã (horário da Califórnia), em Cupertino (que é para onde o ícone do Mapas aponta), sobre iPhone. A frase também não deixa margem para segundas interpretações: “Vamos falar [de] iPhone“.

Portanto vamos ter a apresentação do tão esperado iPhone 5 e do IOS 5 (sistema operativo), que segundo as previsões estará disponível entre os dias 9 e 13 de Outubro para actualização. 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O MUNDO AVANÇA

(Gabriel García Marquez)


O mundo avança. É verdade, disse eu, avança, mas dando voltas em torno do sol. (...) Os adolescentes da minha geração, alvoraçados pela vida, esqueceram em corpo e alma as ilusões do futuro, até que a realidade lhes ensinou que o futuro não era como o sonhavam, e descobriram a nostalgia. Ali estavam as minhas crónicas dominicais, como uma relíquia arqueológica entre os escombros do passado, e aperceberam-se que não eram só para velhos mas também para jovens que não tivessem medo de envelhecer. 

Gabriel García Marquez, in 'Memória das Minhas Putas Tristes'

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

1897 - Nasce o Papa Paulo VI



A 26 de Setembro de 1897, nasce, em Concesio, Giovanni Battista Enrico Antonio Maria Montini, que viria a ser Papa da Igreja Católica Romana desde 21 de junho de 1963 até à data da sua morte. Concluiu o Concílio Vaticano II que tinha sido iniciado pelo Papa João XXIII, seu antecessor, tendo tido um papel decisivo na colocação em prática das decisões alí consignadas.

faleceu a 6 de Agosto de 1978

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

iPHONE 5 A 4 DE OUTUBRO?



A data de lançamento do iPhone 5 está cada vez mais clara... e próxima! Depois de uma notícia publicada no site All Things D apontar para um evento da Apple no próximo dia 4 de outubro, vêm a público novas fontes que sustentam as alegações feitas por John Paczkowski naquele site.

Jim Dalrymple, do The Loop e a quem é reconhecido um elevado grau de fiabilidade no que a assuntos relacionados com a Apple diz respeito, postou no seu site um simples “Sim” em resposta à notícia de Paczkowski.

Também Al Gore, antigo vice-Presidente dos Estados Unidos da América e membro do conselho executivo da Apple, confirmou que os “novos iPhones” chegarão já no próximo mês. Além de esta ser a primeira vez que um executivo sénior da Apple confirma os rumores, ainda levantou uma onda de boatos por ter usado o plural na sua declaração.

Será que a Apple se prepara para lançar um iPhone 4S e um iPhone 5?

Para já circulam na Internet informações sobre a nova «coqueluche» da marca de Steve Jobs, supostamente obtidas por fabricantes de componentes e outros parceiros da Apple.

Metal em vez de vidro

Tudo indica que a parte traseira do novo iPhone será revestida de metal em vez do típico vidro e com duas cores à escolha: branco ou preto. Também será mais fino do que o iPhone 4.

Há ainda o rumor de que o novo aparelho não incluirá a tecla «Home», que muito jeito dá a quem não está habituado ao aparelho. Mas aqui, as opiniões dividem-se. É esperar para ver.

Ecrã maior

Quatro polegadas, em vez das 3,5 do seu antecessor. É o que avança o «China Times», que indica, no entanto, que a resolução do ecrã do novo iPhone 5 será a mesma.

Câmara full HD

A câmara principal do iPhone 5 deverá ser de 8 megapixels, em vez dos 5 megapixels do iPhone actual, segundo disse o presidente executivo da Sony, Howard Stringer, numa entrevista.

Para já, aceitam-se apostas para o que parece vir a ser o mais provável: que a câmara seja capaz de filmar em alta resolução (1.080p) e que a Apple inclua uma conexão HDMI no aparelho. O novo iPhone poderá ser ligado à televisão, como já existe com o iPad2.

3D fica para mais tarde

Embora já tenha duas patentes relacionadas com tecnologia de imagem em 3D - uma que permite ver imagens tridimensionais sem os óculos especiais; e uma segunda sobre a captação de imagens estereoscópicas - parece que ainda não é desta que a Apple vai usar esta tecnologia.

Pagar pelo telemóvel

Aqui as apostas são elevadas: segundo revistas da especialidade, há 70% de hipóteses de o iPhone 5 trazer um transceptor de NFC («Near Field Communications») e uma ligação a rádio de baixa frequência que permitirá ao utilizador aproximar o iPhone a um terminal de pagamento, numa loja, restaurante, etc, e efectuar a respectiva compra.

O Android, do Google, já possui este recurso. A empresa está em negociações com o Citigroup e Mastercard para pôr o sistema em prática, algo que deverá acontecer até 2012.

Software renovado

O iPhone 5 deverá ser vendido já com uma nova versão do sistema operacional, o iOS 5, e trazer, entre outras novidades, aperfeiçoamentos no recurso de comando por voz.

Motor mais potente

Depois do iPad, será a vez do iPhone ter um processador Apple A5 que permite filmagens em alta resolução, criação de jogos mais elaborados e tornar o aparelho menos lento.

Novas redes

O iPhone 5 deverá estar disponível em versões GSM e CDMA, tal como o iPhone 4, além de haver grande probabilidade de alguns modelos serem compatíveis com redes celulares 4G LTE.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

JÚLIO RESENDE

Júlio Martins Resende da Silva Dias, nasceu no Porto a 23 de Outubro de 1917 e faleceu ontem em  Valbom,Gondomar, 21 de Setembro de 2011. Era um  um pintor português.
Licenciou-se em Pintura em 1945 pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto, onde foi aprendiz de Dórdio Gomes. Fez a sua primeira aparição pública em 1944 na I Exposição dos Independentes. Em 1948 partiu para Paris, recebendo formação de Duco de la Haix e de Otto Friez. O trabalho produzido em terras gaulesas é exposto em Portugal em 1949 e as propostas actualizadas que Resende demonstra são acusadas pelos artistas portugueses, definindo a sua vocação de expressionista. A sua arte desenvolve-se numa encruzilhada de pesquisas, cuja dominante será sempre expressionista e lírica. Pintor de transição entre o figurativo e o abstracto, Resende distingue-se também como professor , trazendo à escola do Porto um novo espírito aos alunos que a frequentaram na década de 1960.
A obra pictórica de Júlio Resende revela que ele compreendeu a pintura europeia, porque a observou, experimentou e soube transmitir aos pintores e aos alunos que ele formou na Escola Superior de Belas-Artes do Porto.
Cavaco Silva referiu-se a ele como "grande Mestre da Arte Portuguesa do último século"
Morreu no dia 21 de Setembro de 2011 aos 93 anos












quarta-feira, 21 de setembro de 2011

"TOP GUN" - FOI HÁ 25 ANOS


Filme, realizado por Tony Scott, conta a história de um ambicioso jovem, Pete "Maverick" Mitchell (Cruise), piloto de caça da Marinha dos Estados Unidos que, por entre algum mistério pessoal, envolve-se num difícil amor com Charlotte (McGillis) e tem de provar ao seu rival (Val Kilmer) que quem manda, em terra e no céu, é ele. Um pouco de romance, um pouco de adrenalina e alguma rivalidade. Voltará em 3D para celebrar os seus 25 anos.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

PINTURAS E ESCULTURAS EM LIVROS

Você pode gostar muito de ler. Talvez até tenha já pensado em escrever um livro. Mas dificilmente imaginou fazer o que este artista faz.   Mike Stilkey usa livros para produzir obras de arte que ficam entre a pintura e a escultura. São livros empilhados uns em cima dos outros, formando esculturas pintadas pela mão de Mike Stilkey. O artista norte-americano utiliza as capas e a parte lateral dos livros como se fossem telas. Aí, com várias tintas e lápis de cor, desenha e pinta os seus personagens. São personagens misteriosas, melancólicas, antropomórficas e impressionantes, que parecem saídos de um filme de Tim Burton. Esta é uma prova de que existem diversas formas de se aproveitar melhor aquela enciclopédia velha que está cheia de pó na sua estante.












segunda-feira, 19 de setembro de 2011

FRASE DO DIA


(DENNIS GABOR)
"O futuro não pode ser previsto, mas pode ser inventado. É nossa habilidade de inventar o futuro que nos dá esperança para fazer de nós o que somos."

terça-feira, 13 de setembro de 2011

DEFEITOS DE UMA DEMOCRACIA

O principal defeito de uma democracia é que apenas os partidos políticos na oposição sabem como governar o país.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

UM SEGREDO DE UM CASAMENTO FELIZ




(Miguel Esteves Cardoso)

Desde que a Maria João e eu fizemos dez anos de casados que estou para escrever sobre o casamento. Depois caí na asneira de ler uns livros profissionais sobre o casamento e percebi que eu não percebo nada sobre o casamento.

Confesso que a minha ambição era a mais louca de todas: revelar os segredos de um casamento feliz. Tendo descoberto que são desaconselháveis os conselhos que ia dar, sou forçado a avisar que, quase de certeza, só funcionam no nosso casamento.

Mas vou dá-los à mesma, porque nunca se sabe e porque todos nós somos muito mais parecidos do que gostamos de pensar.

O casamento feliz não é nem um contrato nem uma relação. Relações temos nós com toda a gente. É uma criação. É criado por duas pessoas que se amam.

O nosso casamento é um filho. É um filho inteiramente dependente de nós. Se nós nos separarmos, ele morre. Mas não deixa de ser uma terceira entidade.

Quando esse filho é amado por ambos os casados - que cuidam dele como se cuida de um filho que vai crescendo -, o casamento é feliz. Não basta que os casados se amem um ao outro. Têm também de amar o casamento que criaram.

O nosso casamento é uma cultura secreta de hábitos, métodos e sistemas de comunicação. Todos foram criados do zero, a partir do material do eu e do tu originais.

Foram concordados, são desenvolvidos, são revistos, são alterados, esquecidos e discutidos. Mas um casamento feliz com dez anos, tal como um filho de dez anos, tem uma personalidade mais rica e mais bem sustentada, expressa e divertida do que um bebé com um ano de idade.

Eu só vivo desta maneira - que é o nosso casamento - vivendo com a Maria João, da maneira como estamos um com o outro, casados. Nada é exportável. Não há bocados do nosso casamento que eu possa levar comigo, caso ele acabe.

O casamento é um filho carente que dá mais prazer do que trabalho. Dá-se de comer ao bebé mas, felizmente, o organismo do bebé é que faz o trabalho dificílimo, embora automático, de converter essa comida em saúde e crescimento.

Também o casamento precisa de ser alimentado mas faz sozinho o aproveitamento do que lhe damos. Às vezes adoece e tem de ser tratado com cuidados especiais. Às vezes os casamentos têm de ir às urgências. Mas quanto mais crescem, menos emergências há e melhor sabemos lidar com elas.

Se calhar, os casais apaixonados que têm filhos também ganhariam em pensar no primeiro filho que têm como sendo o segundo. O filho mais velho é o casamento deles. É irmão mais velho do que nasce e ajuda a tratar dele. O bebé idealmente é amado e cuidado pela mãe, pelo pai e pelo casamento feliz dos pais.

Se o primeiro filho que nasce é considerado o primeiro, pode apagar o casamento ou substitui-lo. Os pais jovens - os homens e as mulheres - têm de tomar conta de ambos os filhos. Se a mãe está a tratar do filho em carne e osso, o pai, em vez de queixar-se da falta de atenção, deve tratar do mais velho: do casamento deles, mantendo-o romântico e atencioso.

Ao contrário dos outros filhos, o primeiro nunca sai de casa, está sempre lá. Vale a pena tratar dele. Em contrapartida, ao contrário dos outros filhos, desaparece para sempre com a maior das facilidades e as mais pequenas desatenções. O casamento feliz faz parte da família e faz bem a todos os que também fazem parte dela.

Os livros que li dão a ideia de que os casamentos felizes dão muito trabalho. Mas se dão muito trabalho como é que podem ser felizes? Os livros que li vêem o casamento como uma relação entre duas pessoas em que ambas transigem e transaccionam para continuarem juntas sem serem infelizes. Que grande chatice!

Quando vemos o trabalho que os filhos pequenos dão aos pais, parece-nos muito e mal pago, porque não estamos a receber nada em troca. Só vemos a despesa: o miúdo aos berros e a mãe aflita, a desfazer-se em mimos.

É a mesma coisa com os casamentos felizes. Os pais felizes reconhecem o trabalho que os filhos dão mas, regra geral, acham que vale a pena. Isto é, que ficaram a ganhar, por muito que tenham perdido. O que recebem do filho compensa o que lhe deram. E mais: também pensam que fizeram bem ao filho. Sacrificam-se mas sentem-se recompensados.Num casamento feliz, cada um pensa que tem mais a perder do que o outro, caso o casamento desapareça. Sente que, se isso acontecer, fica sem nada. É do amor. Só perdeu o casamento deles, que eles criaram, mas sente que perdeu tudo: ela, o casamento deles e ele próprio, por já não se reconhecer sozinho, por já não saber quem é - ou querer estar com essa pessoa que ele é.

Se o casamento for pensado e vivido como uma troca vantajosa - tu dás-me isto e eu dou-te aquilo e ambos ficamos melhores do que se estivéssemos sozinhos -, até pode ser feliz, mas não é um casamento de amor.

Quando se ama, não se consegue pensar assim. E agora vem a parte em que se percebe que estes conselhos de nada valem - porque quando se ama e se é amado, é fácil ser-se feliz. É uma sorte estar-se casado com a pessoa que se ama, mesmo que ela não nos ame.

Ouvir um casado feliz a falar dos segredos de um casamento feliz é como ouvir um bilionário a explicar como é que se deve tomar conta de uma frota de aviões particulares - quantos e quais se devem comprar e quais as garrafas que se deve ter no bar, para agradar aos convidados.

Dirijo-me então às únicas pessoas que poderão aproveitar os meus conselhos: homens apaixonados pelas mulheres com quem estão casados.

E às mulheres apaixonadas pelos homens com quem estão casadas? Não tenho nada a dizer. Até porque a minha mulher continua a ser um mistério para mim. É um mistério que adoro, mas constitui uma ignorância especulativa quase total.

Assim chego ao primeiro conselho: os homens são homens e as mulheres são mulheres. A mulher pode ser muito amiga, mas não é um gajo. O marido pode ser muito amigo, mas não é uma amiga.

Nos livros profissionais, dizem que a única grande diferença entre homens e mulheres é a maneira como "lidam com o conflito": os homens evitam mais do que as mulheres. Fogem. Recolhem-se, preferem ficar calados.

Por acaso é verdade. Os livros podem ser da treta mas os homens são mais fugidios.

Em vez de lutar contra isso, o marido deve ceder a essa cobardia e recolher-se sempre que a discussão der para o torto. Não pode ser é de repente. Tem de discutir (dizê-las e ouvi-las) um bocadinho antes de fugir.

Não pode é sair de casa ou ir ter com outra pessoa. Deve ficar sozinho, calado, a fumegar e a sofrer. Ele prende-se ali para não dizer coisas más.

As más coisas ditas não se podem desdizer. Ficam ditas. São inesquecíveis. Ou, pior ainda, de se repetirem tanto, banalizam-se. Perdem força e, com essa força, perde-se muito mais.

As zangas passam porque são substituídas pela saudade. No momento da zanga, a solidão protege-nos de nós mesmos e das nossas mulheres. Mas pouco - ou muito - depois, a saudade e a solidão tornam-se insuportáveis e zangamo-nos com a própria zanga. Dantes estávamos apenas magoados. Agora continuamos magoados mas também estamos um bocadinho arrependidos e esperamos que ela também esteja um bocadinho.

Nunca podemos esconder os nossos sentimentos mas podemos esconder-nos até poder mostrá-los com gentileza e mágoa que queira mimo e não proclamação.

Consiste este segredo em esperar que o nosso amor por ela nos puxe e nos conduza. A tempestade passa, fica o orgulho mas, mesmo com o orgulho, lá aparece a saudade e a vontade de estar com ela e, sobretudo, empurrador, o tamanho do amor que lhe temos comparado com as dimensões tacanhas daquela raivinha ou mágoa. Ou comparando o que ganhamos em permanecer ali sozinhos com o que perdemos por não estar com ela.

Mas não se pode condescender ou disfarçar. Para haver respeito, temos de nos fazer respeitar. Tem de ficar tudo dito, exprimido com o devido amuo de parte a parte, até se tornar na conversa abençoada acerca de quem é que gosta menos do outro.Há conflitos irresolúveis que chegam para ginasticar qualquer casal apaixonado sem ter de inventar outros. Assim como o primeiro dever do médico é não fazer mal ao doente, o primeiro cuidado de um casamento feliz é não inventar e acrescentar conflitos desnecessários.

No dia-a-dia, é preciso haver arenas designadas onde possamos marrar uns com os outros à vontade. No nosso caso, é a cozinha. Discutimos cada garfo, cada pitada de sal, cada lugar no frigorífico com desabrida selvajaria.

Carregamos a cozinha de significados substituídos - violentos mas saudáveis e, com um bocadinho de boa vontade, irreconhecíveis. Não sabemos o que representam as cores dos pratos nas discussões que desencadeiam. Alguma coisa má - competitiva, agressiva - há-de ser. Poderíamos saber, se nos déssemos ao trabalho, mas preferimos assim.

A cozinha está encarregada de representar os nossos conflitos profundos, permanentes e, se calhar, irresolúveis. Não interessa. Ela fornece-nos uma solução superficial e temporária - mas altamente satisfatória e renovável. Passando a porta da cozinha para irmos jantar, é como se o diabo tivesse ficado lá dentro.

Outro coliseu de carnificina autorizada, que mesmo os casais que não podem um com o outro têm prazer em frequentar, é o automóvel. Aí representamos, através da comodidade dos mapas e das estradas mesmo ali aos nossos pés, as nossas brigas primais acerca das nossas autonomias, direcções e autoridades para tomar decisões que nos afectam aos dois, blá blá blá.

Vendo bem, os casamentos felizes são muito mais dramáticos, violentos, divertidos e surpreendentes do que os infelizes. Nos casamentos infelizes é que pode haver, mantidas inteligentemente as distâncias, paz e sossego no lar.

Miguel Esteves Cardoso, in "Jornal Público"

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

POP ARTE - MEL RAMOS

Mel Ramos é um artista da Pop Arte, americano, é famoso pelas suas pinturas dos anos 60 de calendários, revistas e publicidade. Desde essa altura que desenvolve uma forma de iconografia, onde combina nus femininos com anúncios de produtos de marcas de grande consumo, com todos os cromatismos da Pop Arte.











quarta-feira, 7 de setembro de 2011

IMAGENS DE LUIS ROYO

Luis Royo (Olalla, Teruel, 1954) artista espanhol conhecido pelas suas pinturas sensuais e sombrias de mulheres e formas mecânicas de vida.

Luis Royo artista gótico teve aulas de desenho, pintura e decoração em Saragoça e entre os anos de 1970 e 1979 trabalhou num estúdio de design de decoração e interiores. A partir de 1972 dedica-se à pintura. O seu trabalho encontra-se um pouco por todo o lado: livros (24 publicados), posters, calendários, postais, cromos e, até baralhos de cartas (principalmente Tarot), capas de CDs e videojogos, entre outras coisas. Colabora hoje com uma empresa japonesa internacional chamada Yamato. Quanto a prémios internacionais, destacam-se o Silver Award Spectrum e o Cheslew Award.











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