quinta-feira, 31 de outubro de 2013

DIA DAS BRUXAS - A ORIGEM E A HISTÓRIA


Etimologia

O primeiro registo do termo "Halloween" é de cerca de 1745 anos. Derivou da contracção do termo escocês "Allhallow-eve" (véspera do Dia de Todos os Santos) que era a noite das bruxas.

Posto que, entre o pôr-do-sol do dia 31 de Outubro e 1° de Novembro  ocorria a noite sagrada (hallow evening, em inglês), acredita-se que assim se deu origem ao nome actual da festa: Hallow Evening Hallowe'en Halloween. Rapidamente se conclui que o termo Dia das bruxas não é utilizado pelos povos de língua inglesa, sendo essa uma designação apenas dos povos de língua (oficial) portuguesa.
Outra hipótese é que a Igreja Católica tenha tentado eliminar a festa pagã do Samhain instituindo restrições na véspera do Dia de Todos os Santos. Este dia seria conhecido nos países de língua inglesa como All Hallows' Eve.
Essa designação se perpetuou e a comemoração do halloween, levada até aos Estados Unidos pelos emigrantes irlandeses no século XIX, ficou assim conhecida como "dia das bruxas", uma lenda histórica

História

A origem do halloween remonta às tradições dos povos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C., embora com marcas das diferenças em relação às atuais abóboras ou da famosa frase "Gostosuras ou travessuras", exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração. Originalmente, o halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de outubro e 2 de novembro e marcava o fim do verão  (samhain significa literalmente "fim do verão").


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Morreu o Poeta do Rock - LOU REED


Compositor, cantor, guitarrista, líder dos Velvet Underground, Lou Reed, um dos mais inventivos e influentes criadores da música popular americana da segunda metade do século XX, morreu este domingo aos 71 anos em Long Island, Nova Iorque. As causas da morte ainda não foram divulgadas, mas é provável que não sejam alheias ao transplante de fígado a que o músico nova-iorquino se submeteu em Maio.

Os últimos 50 anos de música rock seriam algo bastante diferente sem ele, algo que só poderia dizer-se com idêntica propriedade de um conjunto muito restrito de músicos. No final dos anos 1960, com os Velvet Underground, Lou Reed, diz o seu obituário na revista Rolling Stone, “casou beleza e barulho, ao mesmo tempo que trazia toda uma nova honestidade lírica ao rock’n roll”.

Nascido em Brooklyn em 1942, Reed começou a compor canções no final do liceu, mas o percurso que o tornaria um ícone do rock só se inicia verdadeiramente quando conhece John Cale, um músico de formação clássica, natural do País de Gales, que chegara a Nova Iorque em 1963. Com Cale, Lou Reed funda a banda The Primitives, que tem algum sucesso em 1964 com o tema The Ostrich, uma paródia à música de dança.

Os The Primitives são depois rebaptizados The Warlocks. E quando se juntam ao grupo o guitarrista Sterling Morrison e o percussionista Angus Maclise, nasceu não apenas uma nova banda, mas, na opinião de alguns críticos, a melhor banda de rock de todos os tempos: os Velvet Underground. O grupo não teve grande sucesso comercial nos anos 1960, mas alguém já observou que muitos dos jovens que ouviram o seu álbum de estreia, em 1967,The Velvet Underground & Nico, correram a criar as suas próprias bandas.

Quase não há um tema nesse primeiro álbum, produzido por Andy Warhol, que não seja hoje um clássico da música pop, de I’m waiting for the man e Venus in furs a All tomorrow’s parties ou aos sete minutos de Heroin. O grupo durou pouco (Cale saiu logo em 1968), mas a sua influência perdura até hoje.

Com o fim dos Velvet em 1970, Reed parte para o Reino Unido, onde grava um disco com músicos dos Yes. Mas é com o disco seguinte, Transformer, produzido por David Bowie, que se torna uma estrela incontestável do firmamento rock. O tema Walk on the wild side torna-se um sucesso, mas o disco inclui outras canções justamente célebres, como Perfect day ou Vicious.


Nas décadas seguintes, Lou Reed vai sempre inovando, e muitas vezes driblando as expectativas dos seus fãs, num trajecto que inclui álbuns como Berlin (1973), o experimentalista Metal Machine Music (1975), Blue Mask (1982), New Sensations(1984), New York (1989) ou o recente Hudson River Wind Meditations, de 2007. Lou Reed era casado desde 2008 com a compositora e música Laurie Anderson.

 in "Público"

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

SEGUE O TEU DESTINO


Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.

A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nos queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.

Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.

Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.

Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.

Ricardo Reis, in "Odes"
Heterónimo de Fernando Pessoa

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

FRASE DO DIA

(Salvador Dali)

"Como posso querer que os meus amigos entendam as coisas loucas que passam pela minha cabeça, se eu mesmo, não as entendo!"