sexta-feira, 30 de março de 2012

AGUARELAS E FOTOGRAFIAS DE ALEXEY KURBATOV

Fotografia, aguarela e Photoshop. O russo Alexey Kurbatov reúne os três para a criação de ilustrações que se destacam pela harmonia das cores. Conheça aqui o trabalho deste designer de Moscovo.












terça-feira, 27 de março de 2012

ESCULTURAS COM GARFOS

Esculturas com garfos de Dan Alexandru, um jovem romeno de 26 anos, não vemos aí qualquer revolução artística embrionária mas temos de reconhecer-lhe a tal capacidade de encontrar potencialidades plásticas no mais simples dos objectos e explorá-las com imaginação, destreza e sentido estético. Não é para todos, verdade seja dita. Quando, na Idade Média, comiam com as mãos, não sabiam o que estavam a perder.













segunda-feira, 26 de março de 2012

FRASE DO DIA

(René Descartes)

"Não há nada tão equitativamente distribuído no mundo como a inteligência: todos estão convencidos de que têm o suficiente."

sexta-feira, 23 de março de 2012

CUBISMO SINTÉTICO DE JUAN GRIS

Juan Gris – o seu nome de nascimento era José Victoriano Gonzáles Pérez. Em 1906, mudou-se para Paris, onde se sentiu atraído pela estética cubista. Em 1911, apresentou as suas primeiras obras cubistas, que, pela vontade de geometrização das formas patenteada, pela multiplicação dos pontos de vista e pela incorporação de elementos tipográficos, se distanciaram tanto do estilo de Picasso como do de Braque. Na sua paleta predominam os azuis, os verdes e os violetas. A partir de 1912, Gris interessou-se pela técnica da colagem, que lhe permitiu criar um jogo de ambiguidades entre o que é real e o que é pintado e, desse modo, entre o verdadeiro e o falso. É evidente a sua tendência à simplificação, tanto no número de objectos representados como nos aspectos envolvidos. Na sua evolução, o artista escolheu partir cada vez mais das formas geométricas mais simples para construir os objectos que pintaria, numa procura das estruturas mais elementares, enquanto o seu cromatismo manteve uma luminosidade abstracta. 

Homenageando o artista, a página inicial do motor de busca traz nesta sexta o logo do Google feito com arte semelhante a de Juan Gris.














quinta-feira, 22 de março de 2012

A CEGUEIRA DA GOVERNAÇÃO


(Padre António Vieira)

Príncipes, Reis, Imperadores, Monarcas do Mundo: vedes a ruína dos vossos Reinos, vedes as aflições e misérias dos vossos vassalos, vedes as violências, vedes as opressões, vedes os tributos, vedes as pobrezas, vedes as fomes, vedes as guerras, vedes as mortes, vedes os cativeiros, vedes a assolação de tudo? Ou o vedes ou o não vedes. Se o vedes como o não remediais? E se o não remediais, como o vedes? Estais cegos. Príncipes, Eclesiásticos, grandes, maiores, supremos, e vós, ó Prelados, que estais em seu lugar: vedes as calamidades universais e particulares da Igreja, vedes os destroços da Fé, vedes o descaimento da Religião, vedes o desprezo das Leis Divinas, vedes o abuso do costumes, vedes os pecados públicos, vedes os escândalos, vedes as simonias, vedes os sacrilégios, vedes a falta da doutrina sã, vedes a condenação e perda de tantas almas, dentro e fora da Cristandade? Ou o vedes ou não o vedes. Se o vedes, como não o remediais, e se o não remediais, como o vedes? Estais cegos. Ministros da República, da Justiça, da Guerra, do Estado, do Mar, da Terra: vedes as obrigações que se descarregam sobre vosso cuidado, vedes o peso que carrega sobre vossas consciências, vedes as desatenções do governo, vedes as injustiças, vedes os roubos, vedes os descaminhos, vedes os enredos, vedes as dilações, vedes os subornos, vedes as potências dos grandes e as vexações dos pequenos, vedes as lágrimas dos pobres, os clamores e gemidos de todos? Ou o vedes ou o não vedes. Se o vedes, como o não remediais? E se o não remediais, como o vedes? Estais cegos.

Padre António Vieira, in "Sermões"

quarta-feira, 21 de março de 2012

Art of Sumo, por Tomoki Momozono

Tomoki Momozono é japonês de nascimento e fotógrafo desportivo de profissão. Conhecido por “Momo,” este japonês de Aomori trabalha hoje no Reino Unido como freelancer .As fotos que apresento é  uma extraordinária série inspirada no simbólico e ritual desporto do país do sol nascente. Chama-se "Art do Sumo" e é um misto de arte e documentário.














terça-feira, 20 de março de 2012

EQUINÓCIO DA PRIMAVERA


O Equinócio da Primavera ocorreu hoje, dia 20 de Março, às 5h14m. Precisamente à hora que me levantei, para mais um dia de labuta.

A  palavra equinócio deriva do latim, e significa “ noites iguais “. Corresponde à entrada da primavera no hemisfério norte.
Desde os primórdios, os povos do Oriente sempre deram grande importância à chegada da primavera.
Nesta altura, faziam rituais de grande celebração ao crescimento e prosperidade.
Corresponde ao início de um novo ano astrológico.
É o tempo de plantar novas sementes, para o novo ano, quer a nível da agricultura quer a nível de um novo ciclo de vida em relação as pessoas.
É um símbolo de igualdade, de equilíbrio - o dia e a noite tem o mesmo tempo de duração.
Cada dia que passa, com o inicio da primavera, o dia vai sendo mais longo e as noites mais curtas.
É um momento de grande conexão, com as energias da natureza - O equilíbrio entre a energia solar e a energia lunar.




segunda-feira, 19 de março de 2012

SABIA QUE...


Existe uma região do México conhecida hoje como Iucatán. O nome vem da época da conquista pelos espanhóis, quando um oficial perguntou a um nativo (em Espanhol, claro) como eles chamavam aquele lugar. O índio respondeu “Yu Katan”. Os espanhóis passaram a referir-se ao lugar como Iucatán, sem suspeitar que “Yu Katan”, no idioma dos indígenas, significava “Não sou daqui.”

sexta-feira, 16 de março de 2012

FRASE DO DIA


(JONATHAN SWIFT) 
"Todos desejam viver muito tempo, mas ninguém quer ser velho."

sexta-feira, 9 de março de 2012

MIGUEL STROGOFF


Miguel Strogoff, o Correio do Czar é um romance de aventuras da autoria de Júlio Verne publicado em 1876.

As províncias siberianas da Rússia são invadidas por hordas tártaras chefiadas por Ivan Ogareff. O irmão do czar está em perigo em Irkoutsk a cinco mil e quinhentos quilómetros de Moscovo. Como preveni-lo? É preciso enviar um correio de uma inteligência e coragem quase sobre-humanas.
O capitão Miguel Strogoff é escolhido e parte levando uma carta do czar. Viaja sob anonimato e durante a travessia das grandes regiões siberianas vai pôr à prova a sua resistência e luta contra o inimigo.
Capturado, será submetido ao suplício da espada em brasa com que tentam cegá-lo. Vale-lhe Nadia que o ajudará a chegar ao seu destino. O traidor Ogareff insinuara-se junto do Príncipe fazendo-se passar por Miguel Strogoff. O romance atinge intenso dramatismo quando o verdadeiro Miguel Strogoff vence o inimigo.

Foi também uma série televisiva que passou na década de setenta e que colou muitas pessoas junto da televisão ainda a preto e branco.



quarta-feira, 7 de março de 2012

AS ESCOLAS CONDE FERREIRA

O Conde Ferreira foi um dos grandes impulsionadores da instrução pública em Portugal. Deixou um legado para a construção e mobília de 120 escolas primárias de ambos os sexos em terras que fossem cabeças de concelhos, todas com a mesma planta e com habitação para o professor, sendo depois de terminadas entregues às respectivas juntas de paróquia. O seu custo por unidade não deveria exceder 1 200$000. Essa vontade corresponde a uma verba do seu testamento em que sobre a construção das escolas, o conde de Ferreira escreveu:

"Convencido de que a instrução pública é um elemento essencial para o bem da Sociedade, quero que os meus testamenteiros mandem construir e mobilar cento e vinte casas para escolas primárias de ambos os sexos nas terras que forem cabeças de concelho sendo todas por uma mesma planta e com acomodação para vivenda do professor, não excedendo o custo de cada casa e mobília a quantia de 1200 reis e pronta que esteja cada casa não mandarão construir mais de duas casas em cada cabeça de concelho e preferirão aquelas terras que bem entenderem".

Em resultado do legado, o Governo português resolveu regulamentar a forma de atribuição aos municípios das correspondentes dotações, o que foi feito pelo decreto com força de lei de 21 de Julho de 1886, do Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino, João Baptista da Silva Ferrão de Carvalho Mártens, então responsável pelo sector da instrução pública. Por aquela lei fica estabelecido que para concorrer ao legado, as Câmaras Municipais ou Juntas de Paróquia deviam reunir as seguintes condições
A planta do edifício e do terreno onde houver de ser construído. O terreno não deve ter menos de 600 metros quadrados além da área que for ocupada pelo edifício.
O orçamento da obra projectada.
Cópia do orçamento geral ou suplementar devidamente aprovado, onde esteja votada uma verba não inferior a 400$000 réis para construção da escola pretendida.
Deliberação competentemente aprovada de como se obrigam a executar fielmente a planta no termo de um ano contado desde o dia em que for concedido o subsídio do governo.
Foram muitas as autarquias que concorreram e este foi o primeiro passo para o surgimento, em vários municípios, de norte a sul de Portugal, de edifícios com uma arquitectura simples, funcional e facilmente identificável. Hoje um marco na história da educação em Portugal, as designadas "Escolas Conde de Ferreira" tiveram uma enorme importância para a consolidação do ensino público. Das 120 escolas previstas no testamento do conde, foram construídas 91, das quais 21 foram, entretanto, demolidas. As restantes 70 continuam a funcionar para os mais diversos fins, desde ensino a serviços municipais, passando por sedes de juntas de freguesias, bibliotecas, museus municipais ou mesmo instalações de forças de segurança
A escola Conde Ferreira, seguindo um projecto apresentado em 1866, é encimada por um pequeno frontão, que lembra um campanário, apresentando-se como contraponto da igreja, com a qual procura concorrer, sendo um símbolo do positivismo nascente, aliado do progresso e da transformação social. O derramar da lux da instrução aparecia como o instrumento fundamental da erradicação das trevas da ignorância e da superstição, uma forma de moralizar e civilizar o povo. O novo templo dessa crença cívica era a escola.


ALGUMAS DAS ESCOLAS 

MEDA
MEDA

FAFE
MONTIJO

PAREDES

SANTA MARIA DA FEIRA

SETÚBAL


Joaquim Ferreira dos Santos nasceu no lugar de Vila Meã, actual lugar de Azevedo, na freguesia de Campanhã, arredores do Porto. Foi o quinto e último filho de João Ferreira dos Santos e de Ana Martins da Luz, um casal de lavradores proprietários pouco abastados com terras em Campanhã, então ainda uma típica freguesia rural do noroeste português.
Como era norma ao tempo, o casal destinava ao filho mais velho a gestão do património agrícola, pelo que os restantes irmãos teriam que encontrar outros meios de vida. O segundo irmão seguiu o sacerdócio, destino que também pretendiam para o filho mais novo. Com esse objectivo o jovem Joaquim Ferreira dos Santos estudou latim, lógica e retórica, mas concluindo que não tinha vocação para o sacerdócio, abandonou os estudos aos 14 anos de idade, empregando-se como caixeiro e manifestando vontade de ir para o Brasil e seguir a carreira comercial. Os conhecimentos que adquirira viriam a ser úteis, mais tarde, na sua carreira comercial.
Depois de um curto período como caixeiro no Porto, contrariando os pais, emigrou para o Brasil em 1800, levando consigo carta de recomendação dirigida a um parente que se encontrava estabelecido como comerciante no Rio de Janeiro. No Brasil, ajudado e protegido pelo seu parente, foi prosperando no negócio, dedicando-se ao comércio por consignação de produtos enviados do Porto.
Depois de ter estabelecido relações comerciais entre a sua casa e a praça de Buenos Aires, dirigiu as suas atenções para África, com o intuito de alargar as suas relações com essa parte do mundo, foi três vezes a Molumbo, Angola, onde criou várias feitorias e montou um lucrativo negócio negreiro, importando cerca de 10 mil escravos para o Brasil.
Em 1828 contribuiu com importantes donativos para os emigrados portugueses no Brasil, declarando-se partidário da causa política de D. Maria II, para a qual contribuiu com avultadas somas de dinheiro.
Casou no Rio de Janeiro com Severa Lastra, de nacionalidade argentina, de quem teve um filho, que morreu criança na mesma cidade.
Regressou e estabeleceu-se como grande capitalista e proprietário na cidade do Porto.
A rainha D. Maria II de Portugal agraciou Joaquim Ferreira dos Santos com o título de barão, por decreto de 7 de Outubro de 1842, de visconde, em 22 de Junho de 1843, e de conde de Ferreira, em 6 de Agosto de 1850, pelos serviços prestados ao País e ao Partido Constitucional.
Ingressou na política activa durante o cabralismo, sendo feito par do Reino por carta régia de  de Maio de 1842.
Foi também feito fidalgo cavaleiro da Casa Real, membro do conselho da rainha D. Maria II, comendador da Ordem de Cristo e recebeu a grã-cruz da Ordem de Isabel a Católica de Espanha.
Faleceu na cidade do Porto em 24 de Março de 1866, com 84 anos de idade, data que aparece inscrita sobre a porta das escolas financiadas pelo seu legado. Está sepultado num mausoléu no Cemitério de Agramonte, concluído em 1876, dez anos após o seu falecimento, obra do escultor António Soares dos Reis.
Na falta de descendência legítima e possuindo avultados rendimentos, deixou a sua fortuna a um grande conjunto de beneficiários, entre os quais muitos colaboradores, parentes e amigos, e instituições como a Santa Casa da Misericórdia do Porto e as Ordens Terceiras do Terço, Carmo, Trindade e São Francisco. Destinou ainda fundos para a construção de 120 escolas e um hospital para doentes mentais. Além de muitos donativos oferecidos a diversas instituições no Brasil, ainda conseguiu doar ao Estado Português 144 000$000 réis para construir 120 escolas, para cuja construção se seguiu uma planta única, pois era mais prático, económico e rápido. Foi o grande mecenas da instrução primária em Portugal, colocando como condição que as escolas a construir o fossem em sede de concelho e que tivessem aposentos para os professores residirem. Com o remanescente da sua herança foi fundado o Hospital Conde de Ferreira, no Porto, para doentes de foro psiquiátrico.

in "wikipédia"