quinta-feira, 10 de setembro de 2009

COCA-COLA E A EVOLUÇÃO DA SUA GARRAFA



No início era um xarope de cor castanha, relativamente inofensivo, vendia-se apenas nas farmácias. Claro que estou a referir-me à Coca-Cola, o refrigerante mais célebre de todos os tempos. As razões desse sucesso não foram certamente as propriedades miraculosas do xarope, que depressa deixou as prateleiras das farmácias, mas sim diversas campanhas de marketing extremamente bem feitas, acompanhadas de alguns golpes de sorte. Um deles foi a feliz associação à imagem do Pai Natal (Papai Noel); o outro foi design genial da sua garrafa.

Enquanto o negócio do xarope não se expandiu utilizavam-se garrafas convencionais, lisas, com uma rolha e um rótulo de papel que identificava o produto. Com a transformação numa bebida gaseificada surgiu o problema de a conservar sem perder o gás e a solução encontrada foi uma tampa metálica revestida a borracha com um original sistema de vedação, o sistema Hutchinson. Mas este processo de vedação não durou muito, pois não tardou a generalizar-se a carica metálica e o gargalo em forma de coroa.

A empresa passou então a utilizar este tipo de recipientes, na altura inovador, mas ainda produzido de uma forma artesanal. Cada garrafa era feita à mão, soprada por um operário vidreiro e, por esse motivo, não havia duas rigorosamente iguais. Mesmo assim, já ostentavam o logo da marca gravado no vidro, na carica ou apenas no rótulo. O grande salto ocorreu em 1915 com o lançamento de um concurso público de design para uma garrafa exclusiva. A partir daqui a história é conhecida e, com a introdução de pequenas variações e ajustes, o famoso recipiente atravessou todo o século XX até aos dias de hoje mantendo a sua forma original promovida ao estatuto de ícone.

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